“O Deus que Intervém”, de Francis Schaeffer, é uma obra teológica e apologética que defende a ideia de um Deus real, que age concretamente na história e na vida das pessoas. Schaeffer propõe um cristianismo que não é apenas uma crença abstrata, mas uma verdade que se manifesta na realidade.
Logo no início, o autor confronta a visão secular e relativista, mostrando como o pensamento moderno afastou Deus da história e da experiência humana. Para Schaeffer, o mundo sem Deus se torna incoerente, sem sentido e mergulhado no vazio existencial.
Schaeffer explica que o Deus da Bíblia não é uma entidade distante, mas um ser pessoal, que criou o universo e interage constantemente com sua criação. Ele destaca que desde Gênesis, Deus se revela como alguém que fala, age e transforma a realidade.
A intervenção de Deus na história não se limita a milagres isolados, mas se manifesta na própria ordem da criação, na revelação das Escrituras e, principalmente, na encarnação de Jesus Cristo, o evento máximo da intervenção divina na história humana.
O autor também aborda a importância da verdade objetiva. Em um mundo relativista, Schaeffer defende que o cristianismo oferece uma base sólida para compreender a realidade, o certo, o errado e o propósito da existência.
Ele reflete sobre como a rejeição de Deus levou a humanidade à crise cultural, moral e espiritual. Arte, filosofia, ciência e sociedade sofreram as consequências do afastamento da verdade bíblica, resultando em desespero, niilismo e perda de sentido.
Schaeffer argumenta que a resposta está em retornar ao Deus que realmente existe e que intervém. A fé cristã não é uma fuga da razão, mas uma aliança entre razão e fé, fundamentada em fatos históricos e na revelação divina.
O livro também desafia os cristãos a viverem uma fé prática, que não seja apenas teórica ou religiosa, mas que se manifeste em todas as áreas da vida: na cultura, na política, na arte, na família e na comunidade.
Assim, “O Deus que Intervém” se torna um chamado para que os leitores reconheçam que Deus não está ausente. Pelo contrário, Ele continua presente, atuante e interessado na história, nas nações e na vida de cada indivíduo, oferecendo uma resposta coerente para as questões mais profundas da existência.