A fábula “A Andorinha e os Passarinhos”, de Esopo, traz uma poderosa lição sobre prudência, sabedoria e prevenção diante dos perigos. A história se inicia quando uma andorinha, atenta e observadora, percebe algo preocupante no comportamento dos humanos.
Os homens começam a plantar cânhamo, uma planta que, quando cresce, é utilizada para fabricar redes e cordas. A andorinha, experiente e conhecedora das intenções humanas, logo entende que, quando aquele cânhamo amadurecesse, ele seria transformado em armadilhas para capturar os passarinhos.
Preocupada, a andorinha vai até os outros passarinhos e os alerta sobre o perigo iminente. Ela os aconselha a arrancarem o cânhamo enquanto ainda está no início do crescimento, evitando assim que futuramente sejam pegos nas redes feitas dele.
No entanto, os passarinhos ignoram o alerta da andorinha. Acham que ela está exagerando ou que não há motivo real para preocupação. Preferem seguir com sua vida despreocupada, voando e cantando, sem dar atenção às advertências.
O tempo passa, o cânhamo cresce e os homens, como a andorinha havia previsto, colhem-no e começam a fabricar redes, laços e armadilhas. Aos poucos, os passarinhos começam a ser capturados, vítimas daquilo que poderiam ter evitado.
Diante do que acontece, os passarinhos se arrependem profundamente de não terem dado ouvidos à andorinha. Eles percebem que a falta de prudência e a negligência diante dos alertas resultaram em consequências desastrosas.
A andorinha, por sua vez, se entristece, mas entende que fez sua parte. Ela se refugia junto aos humanos, adaptando-se à convivência com eles, o que a salva das armadilhas que foram fatais para seus semelhantes.
A moral da história é clara e direta: os males, quando percebidos a tempo, podem ser evitados. Mas, se ignorados ou subestimados, crescem e se tornam difíceis ou impossíveis de remediar.
Assim, “A Andorinha e os Passarinhos”, de Esopo, ensina a importância de ouvir conselhos sábios, agir preventivamente e estar atento aos sinais que indicam perigo, seja na vida pessoal, profissional ou nas relações cotidianas.