A história começa com a descrição do ídolo de Bel, uma divindade falsa adorada pelos babilônios, que supostamente consumia oferendas diárias em um templo. Daniel, um homem de fé judaica, questiona a autenticidade da divindade e propõe um teste para revelar a verdade. O teste envolve espalhar cinzas pelo chão do templo durante a noite para mostrar que as oferendas são realmente consumidas pelos sacerdotes de Bel, não pelo ídolo. Na manhã seguinte, as pegadas dos sacerdotes são descobertas nas cinzas, revelando a fraude por trás da adoração a Bel. Este evento leva à destruição do ídolo e à punição dos sacerdotes, destacando a vitória da verdade sobre a falsidade.
Em seguida, a narrativa se volta para o culto ao Dragão, uma divindade também adorada pelos babilônios, cuja adoração é mantida em segredo. Daniel questiona a realeza sobre a autenticidade deste deus e é desafiado a provar sua divindade ao invadir sua caverna e oferecer comida para o dragão. Daniel aceita o desafio, mas, em vez de comida, ele prepara uma mistura de alcatrão, gordura e cabelos, que faz o dragão explodir ao comê-la. Isso expõe a falsidade da adoração ao Dragão e resulta na condenação dos sacerdotes que exigiam sacrifícios humanos em seu nome.
O Livro de Bel e o Dragão enfatiza a importância de discernimento espiritual e coragem moral diante das pressões sociais e religiosas. Daniel emerge como um símbolo de retidão e sabedoria, cuja fé inabalável o conduz à vitória sobre o engano e a opressão. A história também destaca a crença na providência divina, onde aqueles que confiam em Deus são recompensados e os ídolos são desmascarados como fraudes. Além disso, o livro ressalta a necessidade de questionar dogmas e tradições religiosas que não resistem à investigação racional e ética.
O confronto entre Daniel e as falsas divindades demonstra que a verdade prevalece quando confrontada com a mentira, mesmo que esta última seja mantida por poderosas estruturas sociais. Ao final, O Livro de Bel e o Dragão serve como um lembrete atemporal da importância da integridade, discernimento e confiança em Deus diante das adversidades e das pressões para conformar-se com a falsidade.