O romance “Moonraker”, de Christopher Wood, é uma novelização do roteiro do filme homônimo da franquia James Bond, estrelado por Roger Moore. Embora compartilhe o título com o romance original de Ian Fleming, a história de Wood é substancialmente diferente e transporta Bond para uma trama espacial com tons de ficção científica e espionagem internacional.
A narrativa começa com o sequestro misterioso de um ônibus espacial britânico, o Moonraker, enquanto era transportado pelos Estados Unidos. O governo britânico convoca o agente secreto James Bond para investigar o desaparecimento. Logo, ele descobre que o proprietário do ônibus espacial é Hugo Drax, um magnata da indústria aeroespacial com planos sinistros.
Bond visita a base de Drax na Califórnia e começa a desconfiar de suas intenções. Durante a investigação, conhece a Dra. Holly Goodhead, uma cientista e agente da CIA disfarçada, que também está investigando Drax. Juntos, eles descobrem que Drax tem planos muito maiores do que apenas a construção de veículos espaciais.
Com o desenrolar da trama, Bond se vê perseguido por assassinos, incluindo o famoso vilão Jaws, e viaja por diferentes locais exóticos como Veneza e o Rio de Janeiro. A história ganha ritmo com cenas de ação intensa, perseguições e confrontos típicos da franquia 007, sempre acompanhados de gadgets e estilo.
A reviravolta ocorre quando Bond descobre o plano de Drax: criar uma nova civilização no espaço. Ele pretende exterminar a humanidade com um gás mortal, para então repovoar a Terra com uma raça “geneticamente perfeita” a partir de sua estação espacial secreta, orbitando o planeta.
Bond e Goodhead se infiltram na estação espacial e tentam frustrar o plano antes que Drax libere o gás na atmosfera terrestre. O romance equilibra suspense, ficção científica e espionagem, levando o agente secreto britânico a um dos seus desafios mais extraordinários.
A ambientação espacial é um dos diferenciais do livro. Wood detalha com precisão o funcionamento da estação, os trajes espaciais e a logística do plano de Drax, tornando a ficção plausível dentro do universo exagerado de Bond. O confronto final no espaço é repleto de tensão e efeitos cinematográficos transpostos com maestria para a narrativa.
O livro também investe no desenvolvimento da parceria entre Bond e Holly Goodhead, oferecendo diálogos afiados e uma dinâmica interessante entre os dois agentes. A personagem feminina é mais ativa e estratégica do que muitas das “Bond girls” anteriores, acrescentando complexidade à trama.
Em síntese, “Moonraker” de Christopher Wood é uma aventura empolgante de James Bond, que leva o espião ao limite tecnológico e moral de sua carreira. Misturando espionagem clássica com ficção científica e crítica social, o livro captura o espírito do filme e o traduz em uma leitura rápida, envolvente e cheia de ação.