“Starman”, de Alan Dean Foster, é a novelização do aclamado filme homônimo dirigido por John Carpenter. A obra combina ficção científica com romance e drama humano, explorando o encontro entre uma forma de vida alienígena e a humanidade, sob a ótica da empatia, do amor e da descoberta.
A história começa quando uma nave alienígena responde a um convite enviado pela sonda Voyager. No entanto, ao chegar à Terra, ela é abatida por militares. Um dos ocupantes da nave, uma entidade extraterrestre sem forma física definida, sobrevive e procura abrigo próximo ao local da queda.
Para interagir com os humanos, o alienígena assume a forma física de Scott Hayden, o falecido marido de Jenny Hayden, uma jovem viúva que vive isolada em sua casa. A aparição repentina de alguém idêntico ao marido morto assusta Jenny, mas ela logo percebe que aquele ser é algo muito além da compreensão humana.
A criatura revela que precisa chegar a um ponto de encontro no estado do Arizona, onde poderá ser resgatada por seus semelhantes. Jenny, ainda abalada pela perda do marido e pela presença do “duplo”, acaba se envolvendo emocionalmente com o ser, que passa a compreender as nuances do comportamento humano.
Enquanto cruzam os Estados Unidos em uma jornada cheia de obstáculos, são perseguidos por agentes do governo que desejam capturar o alienígena. A tensão cresce a cada parada, e a ligação entre Jenny e o Starman se aprofunda, tornando-se uma história de afeto inesperado entre espécies diferentes.
O alienígena demonstra capacidades sobrenaturais, como cura e manipulação da energia, mas evita conflitos e violência. Sua curiosidade sobre os humanos revela críticas sutis à maneira como a humanidade lida com o desconhecido, com medo e agressividade.
Ao longo da jornada, Jenny também passa por um processo de cura emocional. Sua dor é lentamente substituída por esperança e reconexão com a vida, impulsionada pela empatia e pelo olhar puro do Starman sobre o mundo.
O clímax ocorre no deserto, onde o encontro com a nave-mãe está marcado. O momento é carregado de emoção, especialmente quando o Starman, sabendo que não pode permanecer na Terra, oferece a Jenny um presente que mudará sua vida para sempre: a possibilidade de gerar um filho, algo que ela achava impossível.
“Starman” é, no fundo, uma narrativa sobre comunicação, amor e humanidade. Alan Dean Foster adapta a história com sensibilidade e profundidade, capturando a essência do filme e ampliando sua reflexão sobre o que nos torna verdadeiramente humanos.