Julie d’Aiglemont, uma jovem que se casa com o visconde Victor d’Aiglemont contra a vontade de seu pai. A narrativa segue a vida de Julie, explorando suas lutas e transformações ao longo dos anos.
Julie rapidamente percebe que seu casamento é infeliz. Victor é insensível e desinteressado, e Julie sente uma profunda insatisfação emocional e intelectual. Ela se vê presa em um relacionamento sem amor, o que a leva a um estado de melancolia.
Julie conhece o carismático Lorde Grenville, que se apaixona por ela. Apesar da forte atração mútua, Julie inicialmente resiste aos sentimentos por respeito aos seus votos matrimoniais. No entanto, a infelicidade em seu casamento a deixa vulnerável a um relacionamento extraconjugal.
Julie dá à luz Hélène, sua filha, mas continua a enfrentar dificuldades em seu casamento. O nascimento de Hélène traz algum conforto, mas não resolve os problemas profundos em sua vida conjugal.
Lorde Grenville continua a amar Julie de longe, mas acaba morrendo, deixando Julie devastada. Sua morte simboliza a perda do amor verdadeiro que Julie nunca pôde vivenciar plenamente.
Ao atingir os trinta anos, Julie enfrenta uma crise de identidade e de propósito. A vida que ela imaginou para si mesma parece distante e inatingível. A trama se aprofunda em suas reflexões sobre as limitações impostas às mulheres de sua época.
Julie começa a buscar uma forma de liberdade e independência dentro dos limites de sua sociedade. Ela se envolve em atividades intelectuais e sociais, tentando encontrar um significado além do casamento infeliz.
Victor d’Aiglemont morre, deixando Julie viúva. Sua morte traz uma mistura de libertação e incerteza. Julie agora enfrenta o desafio de redefinir sua vida e identidade sem a sombra de um marido opressivo.
A relação entre Julie e sua filha Hélène é complexa. Julie tenta proteger Hélène das mesmas armadilhas que ela enfrentou, mas a jovem se apaixona por um homem impróprio, repetindo os erros da mãe.
Julie reflete sobre suas escolhas, amores perdidos e a passagem do tempo. A obra aborda temas de arrependimento, crescimento pessoal e a busca por uma vida autêntica.
Apesar de suas tentativas de encontrar felicidade, Julie muitas vezes se sente solitária. Suas experiências mostram a dificuldade das mulheres em encontrar satisfação pessoal em uma sociedade restritiva.
Balzac critica a sociedade da época, mostrando como as expectativas sociais e os papéis de gênero limitam a liberdade e a felicidade das mulheres.
A tragédia de Hélène, que morre jovem, reflete a repetição dos ciclos de sofrimento entre gerações. Julie é consumida pela dor e culpa, sentindo que falhou em proteger sua filha.
Na maturidade, Julie se torna uma figura mais sábia e resignada. Ela aceita as limitações de sua vida e encontra uma forma de paz interna, embora com uma compreensão profunda das injustiças que enfrentou.
“A Mulher de Trinta Anos” é um estudo profundo da condição feminina no século XIX, explorando temas de amor, sacrifício, arrependimento e a busca por significado em um mundo cheio de limitações sociais.
Resumido por Ernesto Matalon