“Direito Processual Civil e Novas Tendências”, de Ana Cláudia Martins, é uma obra que se propõe a dialogar com as transformações mais recentes do direito processual civil brasileiro, à luz das exigências contemporâneas por celeridade, eficiência e efetividade na prestação jurisdicional. A autora adota uma abordagem crítica e atualizada, refletindo sobre como o Código de Processo Civil de 2015 influenciou a dinâmica dos tribunais e dos profissionais da área.
Ana Cláudia Martins estrutura o livro com uma escrita clara e objetiva, que favorece tanto os estudantes quanto os operadores do Direito. O texto explora com profundidade as principais inovações do processo civil, como o fortalecimento da jurisprudência vinculante, a ampliação dos poderes do juiz na condução do processo, a primazia do julgamento de mérito, e os métodos autocompositivos de resolução de conflitos.
Um dos méritos centrais da obra está na forma como Ana Cláudia Martins interpreta essas mudanças à luz de um novo paradigma: o do processo como instrumento de tutela efetiva dos direitos fundamentais. Ela analisa como a busca por segurança jurídica e previsibilidade convive com a necessidade de flexibilidade e adaptação às particularidades de cada caso concreto.
A autora também discute temas emergentes como o uso de inteligência artificial no Judiciário, a digitalização dos autos processuais, e os desafios da litigância predatória. Sua análise mostra como as novas tecnologias podem acelerar processos, mas também exigem cautela, transparência e revisão crítica constante.
“Direito Processual Civil e Novas Tendências” não se limita à teoria. Ana Cláudia Martins traz exemplos práticos, decisões recentes dos tribunais superiores, e propõe soluções interpretativas para pontos ainda controversos. A obra se destaca como um guia seguro para quem deseja compreender não apenas o que mudou, mas principalmente para onde caminha o processo civil brasileiro em tempos de transformação.
Com esse livro, Ana Cláudia Martins reafirma o papel do direito processual civil como ferramenta de justiça concreta — atenta às demandas sociais e aberta às inovações que possam torná-lo mais acessível, justo e eficaz.