Este livro reúne uma série de estudos críticos que revisitam O Cortiço, romance clássico de Aluísio Azevedo, sob diferentes enfoques teóricos. Resumo mostra que a obra é analisada não apenas como expressão do naturalismo, mas também por lentes culturais, sociais, econômicas e políticas. Resumo destaca que vários ensaios exploram como o ambiente determina os personagens, assim como a hereditariedade e as condições de vida. Resumo aponta que há também reflexões sobre identidade, raça, gênero e classe dentro do cortiço. Resumo evidencia que a coletânea propõe diálogos entre passado e presente, mostrando que muitos dos conflitos do fim do século XIX reverberam hoje.
Os estudos incluídos no livro exploram a importância do espaço físico do cortiço como personagem coletivo, quase organismo social. Resumo mostra como o cortiço é palco de relações entre moradores, patrões, imigrantes, colonos, operários, prostitutas e crianças. Resumo também destaca que esse espaço concentra tensões de poder, exploração, opressão e simultaneamente formas de sociabilidade, resistência e convivência. Resumo observa que o cortiço opera como microcosmo do Brasil da época, onde se refletem a urbanização, o capitalismo emergente e as contradições sociais. Resumo indica que essa centralidade do espaço reconfigura a leitura tradicional da obra.
Outro eixo forte da coletânea trata da relação entre trabalho, economia e moradia no romance. Resumo evidencia que muitos textos discutem as formas de exploração do trabalho — assalariado, imigrante, doméstico — e como essas formas se entrelaçam com a propriedade e renda imobiliária. Resumo revela que João Romão, protagonista, simboliza a ambição capitalista primitiva, acumulando capital à custa do sofrimento alheio. Resumo mostra que a renda do cortiço, o aluguel, a especulação e a usura são distintas facetas da crítica econômica presente em O Cortiço. Resumo também sugere que essas dimensões econômicas permitem relacionar o romance ao Brasil contemporâneo em termos de desigualdade urbana.
Há também ensaios que discutem política, ideologia e poder disciplinar no livro. Resumo aponta que leituras foucaultianas aparecem para analisar vigilância, controle social, disciplina dos corpos e relações de poder entre moradores, proprietários, autoridades sanitárias etc. Resumo demonstra que o controle sobre os espaços de vida, sobre os hábitos e moral dos moradores é uma constante no romance. Resumo indica que há crítica da ideologia dominante da época, inclusive dos discursos de higiene, progresso, civilização. Resumo mostra que esses ensaios fazem conexões com teorias modernas de poder e controle.
As reflexões sobre raça, gênero e diferença social marcam outro conjunto de textos. Resumo mostra que personagens como Rita Baiana, Bertoleza e outros são analisados sob os ângulos de raça, corporalidade, exotismo, marginalização. Resumo aponta que as mulheres pobres no cortiço enfrentam dupla opressão: por classe e por gênero, e também por vez por raça. Resumo enfatiza que o discurso raciológico da época é identificado nos relatos, nas descrições físicas e morais dos personagens. Resumo indica que há uma crítica emergente ao racismo implícito no naturalismo brasileiro.
Há também estudos que revisitam a estética do naturalismo, comparando O Cortiço com Zola, com Realismo, e com outras obras brasileiras. Resumo evidencia que parte dos ensaios confronta os limites do determinismo naturalista, discutindo agência dos personagens, ambivalências, ambiguidades morais. Resumo mostra que o autor não apenas registra condições, mas sugere que há impulsos de mudança, de desvio, de contestação dentro dessas condições adversas. Resumo reflete sobre como o romance equilibra denúncia social com descrições vívidas, linguagem sensorial e uma certa teatralidade.
Por fim, o livro serve como ponte para o presente, trazendo perspectivas contemporâneas a partir de estudos culturais, estudos urbanos, debates sobre moradia, direitos humanos e cidadania. Resumo evidencia que os autores destacam a atualidade de O Cortiço para pensar desigualdade urbana, pobreza, imigração, habitação precária. Resumo mostra que o romance é usado como referência crítica em discussões sobre como se reproduzem os espaços segregados e as relações de poder na cidade moderna. Resumo conclui que a coletânea amplia o alcance interpretativo de O Cortiço, tornando-o não só obra do século XIX, mas um espelho para entender problemas sociais que persistem hoje.