“Bel e o Dragão” é um livro apócrifo do Antigo Testamento, encontrado na Septuaginta, a versão grega da Bíblia hebraica. Ele faz parte de uma coleção de histórias conhecida como “Adições a Daniel” e é considerado como parte dos acréscimos mais recentes ao Livro de Daniel. Aqui está um resumo da história:
A narrativa começa com o rei Ciro da Pérsia, que era gentio e não judaico, reverenciando um ídolo chamado Bel, que ele adorava como um deus. Daniel, um fiel servo de Deus, é confrontado com essa adoração idólatra e decide testar a suposta divindade de Bel.
Daniel propõe ao rei um teste para verificar se Bel é realmente um deus. Ele sugere que o rei espalhe cinzas no templo de Bel antes de fechar suas portas. Na manhã seguinte, se as pegadas dos sacerdotes e suas famílias fossem encontradas nas cinzas, isso provaria que Bel era apenas uma estátua inanimada e não um deus vivo.
O rei concorda com o teste e, na manhã seguinte, as pegadas dos sacerdotes e suas famílias são encontradas nas cinzas, revelando que eles entraram secretamente no templo durante a noite para comer as ofertas feitas a Bel. Ciro fica furioso e ordena que os sacerdotes e suas famílias sejam mortos, enquanto Bel é destruído.
Em seguida, a história passa para outra narrativa, envolvendo um dragão que os babilônios adoravam como um deus. Eles adoravam esse dragão, alimentando-o com uma quantidade significativa de comida todos os dias. Daniel, mais uma vez, desafia a crença na divindade desse animal.
Daniel prepara uma mistura de alcatrão, gordura e cabelo, que é então formada em bolas e alimentada ao dragão. Esta mistura inflama o sistema digestivo do dragão, causando sua morte. Os babilônios ficam furiosos ao descobrir que seu deus dragão é mortal e tentam matar Daniel. No entanto, ele é protegido por Deus e sai ileso.
Essas histórias, embora apócrifas, são frequentemente estudadas como parte do cânone das escrituras em algumas tradições religiosas, fornecendo insights adicionais sobre as crenças e práticas dos povos antigos. “Bel e o Dragão” ressalta a supremacia do Deus de Israel sobre os deuses pagãos e a proteção divina concedida aos fiéis, como exemplificado por Daniel.