O livro A Mensagem do Apocalipse, de John Stott, apresenta uma leitura clara e pastoral do último livro da Bíblia, revelando sua relevância para os cristãos de todas as eras. Stott explica que o Apocalipse não é apenas um conjunto de símbolos obscuros, mas uma mensagem de esperança ancorada na soberania de Cristo. Ele destaca que João escreveu para fortalecer igrejas perseguidas, mostrando que a história está nas mãos de Deus. Assim, o livro reforça que o mal não tem a palavra final. No centro de tudo, está o triunfo definitivo do Cordeiro.
Stott analisa a figura de Jesus glorificado, que aparece no início do Apocalipse como Senhor da história e da Igreja. Essa visão oferece consolo às comunidades que enfrentam pressões culturais e espirituais. O autor mostra como Cristo caminha entre os sete candelabros, simbolizando sua presença constante. Ele também lembra que as cartas às igrejas revelam desafios universais, como mornidão, perseguição e fidelidade. Dessa forma, o livro reforça a atualidade das advertências proféticas.
Outro tema importante é a luta espiritual descrita nas visões de João, nas quais poderes opressores são desmascarados. Stott destaca que o Apocalipse apresenta uma crítica contundente aos impérios que se opõem ao Reino de Deus. O dragão e as bestas revelam o aspecto espiritual da maldade institucionalizada. Entretanto, o autor explica que esses símbolos apontam tanto para realidades históricas quanto para padrões que se repetem. Assim, os cristãos são chamados à vigilância e firmeza.
A mensagem de juízo também ocupa espaço significativo na obra, e Stott trata dela com equilíbrio pastoral. Ele explica que o juízo divino não é arbitrário, mas uma resposta justa à rebelião humana e ao sofrimento imposto aos inocentes. O Apocalipse mostra que Deus leva a sério a injustiça, intervindo contra sistemas corruptos. Ao mesmo tempo, há um chamado persistente ao arrependimento. Para Stott, o juízo é parte da esperança cristã, pois purifica e restaura.
O autor aborda ainda a figura da Nova Jerusalém, que representa o clímax da esperança cristã. Stott descreve esse cenário como a comunhão plena e eterna entre Deus e seu povo. Lá não há dor, morte ou separação, pois tudo é renovado pelo Criador. Ele enfatiza que essa visão deve inspirar perseverança no presente. Para os cristãos, o futuro prometido molda a forma de viver agora. Assim, o Apocalipse aponta para uma esperança concreta e transformadora.
Stott também destaca a centralidade do Cordeiro em todo o livro, lembrando que o triunfo cristão nasce do sacrifício de Cristo. O louvor celestial demonstra que a vitória não vem pela força militar, mas pela entrega redentora. Isso redefine o conceito de poder em termos cristãos. O autor mostra que o Apocalipse convida os crentes a imitar o Cordeiro em fidelidade e amor sacrificial. Dessa forma, o livro une teologia e prática.
Além disso, Stott aponta que o Apocalipse é um livro de consolo para os que sofrem, afirmando que Deus vê cada lágrima e ouve cada clamor. A justiça final é garantia divina, não humana. O sofrimento atual é temporário frente ao reino eterno que está por vir. O autor lembra que Jesus é o Alfa e o Ômega, sustentando o início e o fim da história. Essa visão amplia a confiança dos cristãos diante das incertezas.
Por fim, Stott conclui que o Apocalipse chama a Igreja a viver com fidelidade, esperança e discernimento. A mensagem profética não é motivo de medo, mas de coragem diante do mal. O livro encoraja uma fé firme enquanto o Cordeiro conduz a história ao desfecho prometido. Com isso, Stott ajuda o leitor a compreender o Apocalipse como uma revelação de Cristo para transformar vidas. A obra permanece um convite à perseverança ativa.

