O livro de Eclesiastes, também conhecido como “Coélet” em algumas versões, é um dos livros mais intrigantes e filosóficos do Antigo Testamento da Bíblia. A obra é atribuída ao Rei Salomão e é notável por sua profunda reflexão sobre a vida, a sabedoria e a existência humana.
O livro começa com a famosa declaração: “Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes; vaidade das vaidades, tudo é vaidade.” Essa afirmação serve como ponto de partida para as reflexões do autor sobre a futilidade das buscas terrenas e o caráter efêmero da vida humana. Ele explora temas como a busca pelo prazer, o acúmulo de riquezas e a sabedoria, concluindo que todos esses esforços são fúteis e vazios.
Ao longo do livro, o autor observa a natureza cíclica da vida, destacando que há um tempo para tudo, desde o nascimento até a morte. Ele também discute a injustiça e a opressão que ocorre no mundo e questiona a existência de um Deus justo diante dessas realidades.
Apesar das reflexões pessimistas, Eclesiastes também enfatiza a importância da alegria e do contentamento no presente. O autor encorajou os leitores a desfrutarem dos prazeres simples da vida e a encontrarem significado nas atividades cotidianas.
Uma das passagens mais conhecidas do livro é o famoso trecho sobre “tempo para cada propósito debaixo do céu”, que lista uma série de contrastes na vida humana, como amor e ódio, nascimento e morte, choro e riso. Essa passagem ressalta a complexidade e a dualidade da existência humana.
No final do livro, Eclesiastes conclui com um apelo à reverência a Deus e à obediência aos Seus mandamentos, afirmando que temer a Deus e guardar Seus mandamentos é o dever supremo do homem.
Em resumo, o livro de Eclesiastes (Coélet) é uma obra filosófica e contemplativa que examina a vaidade da vida humana, a busca pela sabedoria e o papel de Deus na existência humana. Suas reflexões sobre a natureza efêmera da vida e a importância de encontrar alegria no presente continuam a desafiar e inspirar os leitores até hoje.