“O Velho, o Menino e o Burro” é uma fábula clássica que apresenta uma lição sobre como é impossível agradar a todos. Nela, um velho e seu neto saem com um burro, e a cada encontro com diferentes pessoas, mudam sua forma de conduzi-lo, tentando atender às críticas que recebem.
Na primeira cena, os dois caminham ao lado do burro. Algumas pessoas zombam deles por não estarem montados no animal. Para não parecerem tolos, o velho coloca o menino no lombo do burro.
Logo adiante, outro grupo critica o menino por deixar o avô andar a pé, sugerindo que o mais velho é quem deveria estar montado. Envergonhado, o menino desce, e o velho sobe.
Mais à frente, novas pessoas comentam como é cruel o velho deixar a criança caminhar enquanto ele se acomoda no burro. Então, para satisfazer os críticos, os dois montam juntos no animal.
Mas não demora para outro grupo repreendê-los por sobrecarregarem o pobre burro. Dessa vez, em um gesto extremo, o velho e o menino carregam o animal nos ombros, tentando agradar a todos de uma só vez.
A cena causa espanto e risos entre os observadores. O burro, assustado, acaba caindo em um rio e se afoga. A tentativa de agradar a todos termina em prejuízo para todos, inclusive para o animal.
A fábula termina com a dupla frustrada, tendo perdido o burro e se tornado motivo de chacota. A moral da história é clara: quem tenta agradar a todos, acaba não agradando ninguém — e ainda pode perder o que tem de mais valioso.
La Fontaine utiliza essa história simples e simbólica para criticar a busca constante por aprovação alheia. Ele defende o equilíbrio e a firmeza nas decisões, mostrando que opiniões sempre existirão, mas é preciso agir com consciência e discernimento.
“O Velho, o Menino e o Burro” segue atual, sendo uma crítica sutil à insegurança e à pressão social. Seu ensinamento vale para todas as idades e reforça a importância de manter a própria convicção diante das críticas e expectativas externas.