“Estorvo” é um romance de Chico Buarque, publicado em 1999, e marca a estreia do famoso músico e escritor brasileiro na literatura. O livro explora a vida de um protagonista que não é nomeado e mergulha na sua experiência de alienação e crise existencial.
A história se inicia com o protagonista voltando para seu apartamento após um dia comum de trabalho. Ele é um homem de meia-idade, vivendo em um estado de crescente desconexão com sua própria vida e com o mundo ao seu redor. A narrativa é profundamente introspectiva, revelando os pensamentos e sentimentos confusos do protagonista enquanto ele enfrenta uma crise pessoal e emocional.
À medida que o romance avança, o protagonista se vê cada vez mais isolado e desiludido. Sua vida cotidiana é repleta de uma sensação de deslocamento e estranheza, refletida em suas interações sociais e no ambiente que o cerca. O livro retrata a desconexão entre a experiência interna do protagonista e a realidade externa, evidenciando a sua luta para encontrar sentido e conexão em meio a uma vida que parece estar desmoronando.
A escrita de Chico Buarque em “Estorvo” é notável por sua abordagem experimental e sua capacidade de criar um ambiente literário que captura a essência do estado psicológico do protagonista. A linguagem é rica e evocativa, e a narrativa desafia o leitor a mergulhar na complexidade da mente do protagonista e nas suas angústias existenciais.
“Estorvo” é uma obra que oferece uma visão profunda e perturbadora sobre a alienação e a crise pessoal, e a forma como Chico Buarque explora esses temas revela sua habilidade como narrador e sua compreensão das complexidades da condição humana. O romance é um reflexo do estilo literário de Buarque, que combina introspecção psicológica com uma análise crítica da vida moderna.