“O Grande Gatsby”, de F. Scott Fitzgerald, é uma das obras mais icônicas da literatura americana, retratando a sociedade americana da década de 1920, conhecida como a “Era do Jazz”, e explorando temas como o sonho americano, a moralidade, a decadência e a busca pelo amor. A história é narrada por Nick Carraway, um jovem que se muda para Long Island e acaba se aproximando de Jay Gatsby, um misterioso e rico anfitrião de festas luxuosas.
Jay Gatsby é um homem enigmático, famoso por suas festas extravagantes, que são frequentadas por celebridades e pessoas da alta sociedade. Apesar de todo o glamour ao seu redor, Gatsby parece estar sempre distante, em busca de algo mais profundo. Nick, que vive em uma casa modesta próxima à mansão de Gatsby, é convidado para uma dessas festas e acaba conhecendo o anfitrião, descobrindo que Gatsby é obcecado por reconquistar o amor de Daisy Buchanan, sua antiga paixão.
Daisy, por sua vez, é prima de Nick e está casada com Tom Buchanan, um homem rico e arrogante que, além de infiel, trata Daisy com desprezo. Gatsby e Daisy tiveram um romance no passado, mas ela o abandonou para se casar com Tom, que tinha uma posição social mais segura e dinheiro. Agora, Gatsby construiu sua fortuna e sua vida luxuosa com o único objetivo de recuperar Daisy, acreditando que pode recriar o passado e fazer com que ela o ame novamente.
À medida que Nick se aproxima de Gatsby, ele testemunha a obsessão crescente de seu vizinho por Daisy. Gatsby planeja reencontrá-la e, com a ajuda de Nick, organiza um encontro com ela em sua casa. A partir desse momento, o romance entre Gatsby e Daisy é reacendido, mas as tensões entre Gatsby, Daisy e Tom começam a se intensificar. Gatsby acredita que Daisy deixará Tom e que eles poderão ficar juntos, mas a realidade é muito mais complicada.
Em um confronto tenso entre Tom e Gatsby, Tom expõe a verdade sobre as origens da fortuna de Gatsby, revelando que ele está envolvido em atividades criminosas. Apesar disso, Gatsby mantém a esperança de que Daisy deixará Tom, mas ela, diante da pressão, opta por permanecer ao lado do marido. Esse desfecho trágico para Gatsby, que dedicou sua vida a uma ilusão, revela a fragilidade do sonho americano, que muitas vezes é baseado em falsas promessas e valores superficiais.
A tragédia culmina em um acidente: Daisy, dirigindo o carro de Gatsby, atropela e mata Myrtle Wilson, a amante de Tom. Tom, no entanto, faz com que o marido de Myrtle, George Wilson, acredite que foi Gatsby quem estava dirigindo o carro. Em um ato desesperado de vingança, George vai até a mansão de Gatsby e o mata, suicidando-se em seguida.
No final, Nick reflete sobre o vazio da vida que as pessoas ao redor de Gatsby levam. Nenhuma das pessoas que frequentavam suas festas comparece ao seu funeral, exceto Nick, o pai de Gatsby, e alguns poucos funcionários. Nick percebe que Gatsby foi um homem solitário, que viveu em função de um sonho impossível, e que a alta sociedade americana, em sua superficialidade e egoísmo, não se importava realmente com ele.
O romance explora a ascensão e a queda de Gatsby como uma metáfora para a falência moral do sonho americano. Gatsby, apesar de sua riqueza e sucesso, nunca conseguiu alcançar o que realmente desejava: o amor de Daisy. A obra de Fitzgerald oferece uma crítica profunda à obsessão da sociedade com o dinheiro e o status social, revelando as contradições e a desilusão que estão por trás do aparente sucesso.