Os Outros (título original em espanhol: Los Otros ), de Fernando Marías, não é um livro, mas sim o romance de um roteiro do filme homônimo de 2001, escrito por Alejandro Amenábar, que Marías adaptou como novelização. Publicado em espanhol, o livro reconta a história do filme, um suspense sobrenatural ambientado na Ilha de Jersey, no final da Segunda Guerra Mundial. Como você solicita um resumo em 9 parágrafos, apresento abaixo uma descrição detalhada da narrativa, baseada na novelização de Marías, mantendo o estilo fluido e sem detalhes, conforme suas instruções anteriores.
Uma história centrada em Grace, uma mulher muito religiosa e profundamente religiosa, que vive isolada em uma mansão gótica com seus dois filhos, Anne e Nicholas. A família segue regras estritas devido à condição das crianças, que sofrem de uma rara fotossensibilidade, exigindo que a casa permaneça na penumbra, com cortinas fechadas e portas trancadas para evitar a luz solar. Grace, interpretada por Nicole Kidman no filme, é uma figura complexa, marcada pela ausência do marido, que partiu para a guerra e não retornou, deixando-a sozinha para proteger os filhos em um ambiente claustrofóbico.
A chegada de três novos empregados — a governanta Sra. Mills, o noivo Sr. Tuttle e a jovem Lydia — marca o início de eventos perturbadores. Grace, desconfiada, impõe suas regras, mas logo percebe que os funcionários parecem estranhamente familiarizados com a casa. Anne, a filha mais velha, começa a relatar visões de “outros” habitantes, incluindo um menino chamado Victor, que ela afirma ver em seu quarto. Grace, inicialmente cética, atribui as histórias à imaginação da filha, mas a insistência de Anne e os filhos inexplicáveis na mansão inicialmente a abalar sua certeza.
A tensão aumenta quando Grace descobre que os antigos empregados desapareceram sem explicação, e os novos parecem esconder segredos. Uma Sra. Mills, com sua calma enigmática, sugere que uma casa pode ser mais do que parece, enquanto Grace luta para manter o controle. A novelização de Marías enfatiza o conflito interno de Grace, cuja fé católica impede de aceitar a possibilidade de preferências sobrenaturais, criando uma tensão entre sua racionalidade e os eventos inexplicáveis. A narrativa explora sua angústia ao proteger os filhos, enquanto questiona sua própria sanidade.
Eventos sobrenaturais se intensificam, com portas que se abrem sozinhas, passos no andar de cima e um piano que toca sem ninguém por perto. Anne insiste que os “outros” são reais, enquanto Nicholas, mais jovem e assustado, se agarra à mãe. Marías descreveu vividamente a atmosfera opressiva da mansão, com seus corredores escuros e silêncios inquietantes, amplificando a sensação de isolamento. Grace, desesperada, começa a investigar, encontrando pistas que sugerem que uma casa pode estar habitada por presenças além de sua compreensão.
A narrativa toma um boato mais sombrio quando Grace descobre um álbum de fotografias de luto, prática vitoriana de retratar os mortos, o que a leva a confrontar a Sra. Moinhos. A governanta insinua que a verdade sobre a casa está ligada à própria família de Grace, mas suas respostas crípticas só aumentam o mistério. A novelização destaca os diálogos carregados de subtexto, onde cada frase dos trabalhadores parece esconder uma revelação, mantendo o leitor em suspense.
O isolamento de Grace é agravado por sua incapacidade de aceitar o que os filhos veem. Anne, mais perspicaz, começa a desafiar a autoridade da mãe, enquanto Nicholas se torna cada vez mais dependente. Marías explora a dinâmica familiar com sensibilidade, mostrando como o medo e a superproteção da Graça criam barreiras emocionais. A mansão, descrita com detalhes góticos, torna-se um personagem por direito próprio, com seus quartos empoeirados e espelhos que refletem mais do que o esperado.
O clímax da história revela uma reviravolta impactante, característica do roteiro de Amenábar, que Marías adapta com precisão. Sem revelar spoilers, a verdade sobre os “outros” transforma a percepção de Grace e dos leitores sobre a narrativa, questionando a natureza da realidade e da morte. A novelização mantém a ambiguidade do filme, permitindo interpretações que misturam o psicológico e o sobrenatural, ao mesmo tempo em que reforça o peso emocional das escolhas de Grace.
Em resumo, Os Outros de Fernando Marías é uma adaptação literária que captura a essência do filme de Amenábar, combinando suspense, drama familiar e elementos góticos. A história de Grace e seus filhos, presos em uma mansão onde o passado e o presente se confundem, é narrada com uma prosa que amplifica a atmosfera assustadora e os conflitos internos. A novelização é uma leitura envolvente para quem aprecia narrativas que desafiam a percepção e exploram os limites entre a vida e o além.