Leonardo Manzan, tributarista de destaque, ressalta que a compreensão dos conceitos de elisão, evasão e elusão fiscal é fundamental para quem atua na área tributária, já que essas práticas representam diferentes formas de lidar com a carga tributária. A correta diferenciação entre essas condutas evita interpretações equivocadas e possibilita uma atuação empresarial mais segura. No cenário atual, em que a Receita Federal intensifica o monitoramento sobre as operações das companhias, compreender os limites da legalidade é um passo indispensável.
De acordo com especialistas da área, embora os três termos estejam relacionados à forma como as empresas ou indivíduos tratam suas obrigações tributárias, cada um carrega implicações jurídicas distintas. A clareza conceitual ajuda não apenas na defesa em processos administrativos ou judiciais, mas também na elaboração de estratégias fiscais eficientes e alinhadas à legislação.

Leonardo Manzan informa o que caracteriza a elisão fiscal
Segundo Leonardo Manzan, a elisão fiscal corresponde ao planejamento lícito para reduzir a carga tributária, valendo-se de brechas legais ou escolhas previstas em lei. Trata-se de uma prática aceita, na qual o contribuinte organiza suas operações de maneira a pagar menos impostos sem infringir a legislação. Esse planejamento pode envolver, por exemplo, a escolha do regime tributário mais adequado ou a utilização de incentivos fiscais expressamente previstos pelo Estado.
A elisão não deve ser confundida com manobras ilícitas. Justamente por estar dentro da legalidade, é um instrumento estratégico que contribui para a eficiência empresarial e para a previsibilidade dos custos operacionais. No entanto, exige acompanhamento técnico qualificado para garantir que os mecanismos utilizados sejam legítimos e bem fundamentados.
@leonardosiademanzan
Nova era do IRPF: visão de Leonardo Siade Manzan sobre progressividade A progressividade do Imposto de Renda da Pessoa Física é uma ferramenta central para a política tributária e distribuição de renda. Leonardo Siade Manzan detalha como o novo modelo afeta contribuintes, investimentos e o planejamento fiscal. Neste vídeo, ele explica os desafios e oportunidades gerados pela reforma, mostrando como a legislação pode ser utilizada de forma estratégica para garantir conformidade e eficiência econômica. #LeonardoSiadeManzan #QueméLeonardoSiadeManzan #OqueaconteceucomLeonardoSiadeManzan #LeonardoSiade #LeonardoManzan #operaçãozelotes
♬ som original – Leonardo Siade Manzan – Leonardo Siade Manzan
A evasão fiscal e suas consequências
Leonardo Manzan informa que a evasão fiscal se caracteriza pela prática ilícita de suprimir ou reduzir o pagamento de tributos, geralmente por meio de fraudes, omissões ou falsificações. Ao contrário da elisão, que se baseia em escolhas legais, a evasão implica violação direta da lei tributária e está sujeita a sanções severas.
Analisa-se que, além de autuações e multas aplicadas pela Receita Federal, a evasão pode configurar crime contra a ordem tributária, com repercussões penais para os responsáveis. Essa prática prejudica a arrecadação pública e compromete a imagem da empresa perante o mercado e os órgãos reguladores. Por isso, torna-se um risco elevado, incompatível com estratégias empresariais sustentáveis.
A polêmica da elusão fiscal
Leonardo Manzan evidencia que a elusão fiscal ocupa uma zona intermediária entre a elisão e a evasão. Trata-se de práticas que, embora não sejam claramente ilegais, podem ser consideradas abusivas ou artificiais, por se aproveitarem de lacunas legais com o objetivo exclusivo de reduzir tributos. A elusão é frequentemente debatida em tribunais e órgãos como o CARF, pois depende de interpretações sobre a intenção do contribuinte e sobre o caráter econômico das operações.
Destaca-se que, em muitos casos, a Receita Federal aplica o princípio da substância sobre a forma, desconsiderando atos ou negócios que, embora formalmente corretos, não tenham propósito econômico válido além da economia tributária. Assim, operações que aparentemente estariam dentro da legalidade podem ser reclassificadas como ilícitas, gerando autuações e disputas judiciais.
A importância da correta diferenciação
Leonardo Manzan observa que a distinção entre elisão, evasão e elusão fiscal é crucial para a definição de estratégias empresariais consistentes. Enquanto a elisão é uma ferramenta legítima de planejamento tributário, a evasão representa uma infração grave, e a elusão, por sua vez, exige maior cautela por estar no limite da legalidade.
Por fim, é possível notar que empresas que adotam boas práticas de compliance tributário reduzem riscos e fortalecem sua posição em eventuais disputas com a Receita Federal. Além disso, a clareza conceitual contribui para que gestores e advogados definam políticas mais transparentes, em sintonia com as exigências do fisco e com as tendências internacionais de combate à erosão da base tributária.
Autor: Rodis Gonçalves Bitencurt