Conforme Teciomar Abila, o empreendedorismo e gestão de finanças caminham juntos quando o objetivo é construir empresas resilientes, lucrativas e preparadas para crescer com previsibilidade. Controlar é decidir com base em fatos: quem recebe, quem paga, quando, por quê e com qual retorno esperado. Sem essa disciplina, custos se dilatam, receitas se perdem e metas viram promessas vazias.
A lógica é simples e poderosa: controle financeiro não é papelada, é estratégia aplicada ao dia a dia. Ele começa com dados confiáveis, evolui para indicadores úteis e se consolida em rotinas que conectam metas, orçamento e execução. Cada decisão tomada com clareza melhora a próxima, protege a margem e prepara a empresa para captar recursos, negociar melhor e fincar posição no mercado com segurança. Desvende ainda mais a seguir:
Empreendedorismo e gestão de finanças: Fluxo de caixa como painel de bordo
O fluxo de caixa é o painel que mostra, em tempo quase real, a saúde do negócio. Registre entradas e saídas por centro de custo e categoria, com datas de competência e de pagamento. Essa dupla leitura evita ilusões contábeis e revela a verdade operacional: quando o dinheiro entra, quando sai e qual o saldo projetado. De acordo com Teciomar Abila, três visões são indispensáveis: diário (para não errar o curto prazo), semanal (para coordenar pagamentos) e mensal (para planejar compras, estoque e investimentos).

Com previsibilidade, o empreendedor decide antes do problema aparecer. Antecipar recebíveis, renegociar prazos, escalonar compras e ajustar campanhas de venda passam a ser movimentos táticos, não reativos. O fluxo de caixa também guia o capital de giro mínimo e a reserva de liquidez, aquelas três a seis folhas de pagamento que separam tranquilidade de sobressaltos. Em síntese, o caixa bem cuidado é o amortecedor do negócio, reduzindo a dependência de crédito caro e preservando poder de negociação.
Orçamento, metas e análise de margem
Um bom orçamento traduz estratégia em números. Comece pelo cenário base, defina metas de receita por canal e incorpore custos variáveis por produto ou serviço. Em seguida, fixe tetos para despesas fixas e políticas objetivas para contratações, reajustes e marketing. Como considera o empresário Teciomar Abila frisa, orçamento eficaz é aquele que vira rotina: revisões mensais, relatórios simples e decisões visíveis. Nada de planilhas complexas que ninguém consulta; o que vale é o instrumento que orienta ação.
A margem de contribuição precisa ser conhecida por item vendido, não apenas no agregado. Assim, o empreendedor identifica o que deve acelerar, descontinuar ou reposicionar. Descontos passam a ser calculados, não impulsivos. Campanhas priorizam produtos com maior margem e giro, sustentando o caixa. O ponto de equilíbrio, por sua vez, informa volume mínimo e preço adequado. Essa tríade, orçamento, margem e equilíbrio, alinha comercial, operações e finanças, reduzindo atritos e aumentando produtividade.
Precificação, contratos e risco
Preço não é palpite; é a função de valor percebido, custo total e estratégia de posicionamento. Mapeie custos diretos, indiretos e tributos; some logística, comissões, taxas e perdas. Em seguida, defina a política de precificação por segmento de cliente, mix e canal. Assim como destaca Teciomar Abila, o ideal é trabalhar com listas estruturadas, regras claras de desconto e critérios para reajuste periódico, sempre comunicados com antecedência. Preço coerente protege a marca e evita corridas ao fundo do poço.
Contratos organizados e gestão de risco completam o controle. Prazos, garantias, SLA e gatilhos de revisão fortalecem a previsibilidade e reduzem a inadimplência. Seguros, políticas de crédito e limites por cliente formam a primeira linha de defesa. O acompanhamento de estoque com curva ABC e cobertura por dias, aliado a compras programadas, evita rupturas e capital parado. Dessa forma, a empresa mantém o ritmo de vendas sem sacrificar caixa, transformando a estabilidade operacional em vantagem competitiva.
Controle que vira estratégia
Conclui-se assim que, o empreendedorismo e a gestão de finanças só produzem crescimento duradouro quando o controle é tratado como músculo estratégico, treinado todos os dias. Para Teciomar Abila, o fluxo de caixa previsível, orçamento vivo, margens monitoradas, precificação disciplinada e contratos bem estruturados formam a base de negócios que prosperam com menos ruído e mais foco. Essa base permite investir com critério, negociar com firmeza e atravessar ciclos com serenidade.
Autor : Rodis Gonçalves Bitencurt

