Como ressalta Sergio Bento de Araujo, especialista em educação, o evento é um laboratório para validar hipóteses curriculares, de avaliação e de tecnologia. Ir à Bett Brasil só faz sentido quando cada conversa vira aprendizado visível na sala de aula. Assim, chegar com problemas pedagógicos claros e sair com decisões testáveis é o que separa vitrine de resultado. Continue a leitura para ver como preparar a ida, viver o evento e voltar com um plano enxuto que gere evidências de aprendizagem em até quatro semanas.
O que levar na cabeça antes de entrar no pavilhão?
Primeiro, defina duas ou três dores instrucionais que a escola quer resolver, por exemplo, tornar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) mais visível em produtos estudantis, acelerar avaliação formativa sem ferir a LDB e integrar inteligência artificial (IA) e robótica como apoio ao processo, nunca como atalho. Desse modo, como aponta o empresário Sergio Bento de Araujo, cada estande deixa de ser vitrine e vira entrevista técnica.
Como assistir às palestras sem se perder no brilho?
Durante as sessões, privilegie casos que mostrem provas de aprendizagem: rascunhos, tabelas, fotos de protótipos, versões comentadas e apresentação pública. Quando a solução conecta objetivo de competência, tarefa autêntica e feedback curto, há aderência à BNCC e ao Novo Ensino Médio. Do mesmo modo, desconfie de “automatização total” da avaliação: tecnologia útil oferece pistas e organiza padrões de erro; quem decide é o professor. Conforme Sergio Bento de Araujo, especialista em educação, ferramenta que não preserva autoria discente e transparência de dados vira espetáculo, não ensino.
O que observar nos estandes de IA e robótica?
Em IA, pergunte como a plataforma registra versões, quais dados retém, por quanto tempo e quem acessa. Em robótica, procure modularidade, segurança de baixo risco e guias que traduzam conceitos em projetos possíveis no tempo de aula. Em ambos os casos, como sugere o empresário Sergio Bento de Araujo, é importante solicitar um exemplo completo: objetivo da BNCC, tarefa, rubrica curta e evidências esperadas. Se o fornecedor não consegue mostrar esse encadeamento, a chance de aderência pedagógica é baixa.

Voltar com um plano que realmente aconteça
Depois do evento, substitua relatórios longos por uma síntese objetiva que caiba em duas páginas: quais competências serão evidenciadas, qual produto o estudante entregará, quais critérios da rubrica serão monitorados e qual o horizonte de quatro semanas para medir ganho. Nessa etapa, como elucida Sergio Bento de Araujo, especialista em educação, é interessante comunicar o plano à comunidade com linguagem simples e combinar uma mostra pública dos resultados, reforçando transparência e corresponsabilidade.
Parcerias que ajudam (e as que atrapalham)
Parceria boa resolve um problema do território com clareza de custos e cláusula simples de saída. Evite promessas abrangentes sem métricas. Conforme expõe Sergio Bento de Araujo, especialista em educação, a métrica que interessa logo após a BET é direta: quanto tempo o professor economizou no preparo, quão rápido o estudante recebeu feedback útil e o que mudou nos indicadores de aprendizagem e engajamento.
Evento como meio, aprendizagem como fim
A Bett Brasil vale quando vira ponte entre intenção pedagógica e prática cotidiana. Vá com perguntas, observe o que gera evidência e volte com um plano pequeno, público e mensurável. Se cada decisão honrar a BNCC, preservar a autoria e proteger dados, o evento deixa de ser agenda e se torna estratégia. Resultado aparece quando a escola governa critérios, o professor mantém o sentido e o estudante mostra o que aprendeu, no presencial, no híbrido e no ensino à distância, em escolas públicas e escolas privadas.
Autor: Rodis Gonçalves Bitencurt

