A Morte de Ivan Ilitch, de Lev Tolstói, publicada em 1886, é uma novela russa considerada uma obra-prima da literatura universal. Uma narrativa introspectiva explora a mortalidade, o sentido da vida e a superficialidade da sociedade burguesa através da trajetória de Ivan Ilitch, um juiz de classe média que enfrenta a morte. Com uma prosa precisa e profundamente psicológica, Tolstói disseca a condição humana. A seguir, apresento um resumo em 9 parágrafos curtos, mantendo um estilo narrativo fluido e conciso, conforme suas instruções.
Ivan Ilitch, um magistrado de São Petersburgo, leva uma vida aparentemente ideal aos 45 anos. Casado com Praskóvia, pai de dois filhos, ele é respeitado na carreira e vive para ascender socialmente, guiado pelas convenções burguesas. Sua existência é confortável, mas vazia, marcada por pequenos prazeres e ambições, como decorar sua nova casa com elegância.
A história começa com a notícia de sua morte, anunciada a colegas que reagem com indiferença, preocupados apenas com promoções. Tolstói, em um flashback, reconta a vida de Ivan, desde sua infância até sua ascensão como juiz. A narrativa expõe a mediocridade de sua rotina, onde o sucesso social mascara a ausência de propósito.
Um acidente trivial muda tudo: Ivan cai ao pendurar cortinas e sente uma dor persistente no flanco. Inicialmente, ele ignora o desconforto, mas a dor piora, e os médicos oferecem diagnósticos de vagos. A consciência de uma doença grave começa a assombrá-lo, forçando-o a enfrentar a possibilidade da morte.
Confinado em casa, Ivan mergulha na angústia. A indiferença da esposa e dos colegas, que evitam o tema da morte, intensifica seu isolamento. Apenas Gerasim, um jovem criado, trata com simplicidade, cuidando dele com simplicidade. A presença de Gerasim contrasta com a hipocrisia da elite, destacando a desvantagem dos humildes.
A dor física de Ivan reflete sua crise existencial. Ele questionou o sentido de sua vida, percebendo que suas ambições – carreira, status, riqueza – foram ilusões. Tolstói descreveu essa introspecção com clareza brutal, mostrando Ivan lutando contra o medo da morte e a culpa por uma vida desperdiçada em superficialidades.
A família de Ivan, especialmente Praskóvia, mantém a fachada de normalidade, incapaz de lidar com sua condição. A filha Lisa e o noivo representam a continuidade da vida burguesa que Ivan agora rejeita. Sua solidão é agravada pela incapacidade de compartilhar seus medos com aqueles que o cercam.
À medida que a morte se aproxima, Ivan alterna entre desespero e momentos de clareza. Ele reflete sobre a infância, o único período de sua vida que lhe parece autêntico. Uma narrativa, segundo crítica como Harold Bloom, capta a universalidade do confronto com a finitude, tornando Ivan um espelho para o leitor.
Nos momentos finais, sem spoilers, Ivan experimenta uma transformação espiritual. A acessibilidade da morte traz uma revelação sobre o amor e a verdade, libertando-o do sofrimento. O estágio, descrito em traduções como a de Boris Schnaiderman, é comovente, com uma intensidade que ressoa profundamente.
Em resumo, A Morte de Ivan Ilitch é uma obra magistral que confronta a mortalidade com honestidade implacável. Lev Tolstói cria uma narrativa atemporal sobre a busca por significado em uma vida marcada por convenções. Com sua profundidade psicológica, é leitura essencial para quem reflete sobre a existência e a finitude.