O Lobo e o Cordeiro na Fonte é uma fábula clássica atribuída a Fedro, poeta romano do século I dC, que adaptou histórias de Esopo em latim. Conhecida também como O Lobo e o Cordeiro , uma fábula utiliza animais para ilustrar a injustiça dos poderosos que oprimem os fracos com pretextos falsos. Com uma narrativa breve e moralizante, reflete a crítica social de Fedro, cuja obra influenciou fabulistas como La Fontaine. A seguir, apresento um resumo em 9 parágrafos curtos, mantendo um estilo narrativo fluido e conciso, conforme suas instruções.
Num riacho cristalino, um cordeiro bebe água calmamente, mais abaixo da corrente. Um lobo faminto, posicionado acima, à vista do cordeiro e, movido pela fome, decide devorá-lo. Para explicar sua intenção, o lobo procura uma desculpa, mesmo sabendo que o cordeiro é inocente.
O lobo acusa o cordeiro de turvar a água que ele bebe, rosnando com falsa indignação. Ó cordeiro, humilde e temeroso, responde que isso é impossível, pois está abaixo da corrente e a água fluida do lobo para ele. Sua lógica é clara, mas o lobo ignora a verdade.
Frustrado, o lobo inventa outra acusação: “Há seis meses, você me insultou!” O cordeiro, com voz trêmula, refuta, dizendo que não era nascido naquela época. A resposta, novamente, é irrefutável, mas o lobo, determinado, não se deixa convencer pela razão.
Sem argumentos, o lobo recorre a uma última mentira: “Se não foi você, foi seu pai!” E, sem esperar resposta, salta sobre o cordeiro, matando-o cruelmente. A cena, descrita por Fedro em latim (“Ad rivum eundem lupus et agnus…”), é brutal e direta, destacando a violência do opressor.
A moral da fábula, explicitada por Fedro, é que os tiranos sempre encontram pretextos para oprimir os inocentes, mesmo diante de justificativas justas. O lobo representa o poderoso que abusa da força, enquanto o cordeiro simboliza a vítima indefesa, cuja razão não basta para vigia-lo.
A fábula, número 155 no Índice de Perry, tem raízes em Esopo, mas Fedro a riqueza com um tom incisivo, refletindo a sociedade romana. Sua versão, escrita em versos iâmbicos, é mais elaborada que a grega, com diálogos que expõem a hipocrisia do lobo de forma vívida.
A história foi recontada por La Fontaine no século XVII (Fábulas, I.10), com a moral “A razão do mais forte é sempre a melhor”. Traduções, como a de Ferreira Gullar, e adaptações, como a de Monteiro Lobato, mantêm sua atualidade, com o lobo como metáfora para injustiças modernas, segundo crítico como Nelson Ascher.
A simplicidade da fábula esconde sua profundidade. O diálogo entre lobo e cordeiro, descrito em fontes como a Academia Brasileira de Letras , revela a impotência da lógica contra a força bruta, uma lição que ressoa em contextos de opressão política e social, do Império Romano ao presente.
Em resumo, O Lobo e o Cordeiro na Fonte é uma obra-prima de Fedro que denuncia a tirania com economia e impacto. Sua narrativa curta, mas poderosa, ensina que a força muitas vezes prevalece sobre a justiça, uma mensagem atemporal que continua a inspirar reflexões éticas e sociais.