Eleanor Vance, uma mulher tímida e solitária, recebe um convite do Dr. John Montague, um investigador do sobrenatural, para participar de um estudo sobre eventos paranormais em Hill House. Ela é atraída pela oportunidade de escapar de sua vida opressiva e se junta a outras pessoas na casa: Theodora, uma artista extrovertida; Luke Sanderson, o herdeiro da casa; e o próprio Dr. Montague.
A Hill House é descrita como uma mansão antiga e isolada, construída com um design arquitetônico peculiar que contribui para sua sensação inquietante. A atmosfera da casa é perturbadora desde o início, com portas que se fecham sozinhas e uma sensação constante de mal-estar.
À medida que os dias passam, os participantes começam a experimentar fenômenos sobrenaturais. Barulhos inexplicáveis, mensagens escritas nas paredes e eventos perturbadores aumentam a tensão entre os moradores. Eleanor, em particular, sente uma conexão crescente com a casa, como se estivesse sendo chamada por ela.
Eleanor começa a se tornar emocionalmente instável. Ela se sente rejeitada pelos outros e cada vez mais convencida de que Hill House é onde ela pertence. Sua saúde mental deteriora à medida que os eventos paranormais se intensificam, incluindo visões e a sensação de ser tocada por uma presença invisível.
As relações entre os personagens se deterioram. A desconfiança e o medo aumentam, levando a confrontos e isolamento. Eleanor se torna o foco das manifestações sobrenaturais, e os outros começam a temer por sua segurança.
Um dos eventos mais assustadores ocorre quando Eleanor é atacada por uma força invisível em seu quarto. Os outros correm para ajudá-la, mas encontram apenas Eleanor em estado de choque. Este evento solidifica a crença de que a casa tem uma presença maligna que está focada nela.
Dr. Montague decide que Eleanor deve deixar Hill House para sua própria segurança. No entanto, Eleanor, agora completamente sob a influência da casa, resiste e acredita que não pode deixar o lugar. Sua conexão com a casa parece irresistível.
No clímax do livro, Eleanor tenta fugir, dirigindo seu carro pelo terreno da casa. Em um momento de desespero e confusão, ela perde o controle do carro e colide com uma árvore, morrendo instantaneamente. A ambiguidade da cena final sugere que Eleanor pode ter sido compelida pela própria Hill House a cometer suicídio.
Após a morte de Eleanor, Dr. Montague e os outros deixam Hill House. O livro termina com uma nota sombria, refletindo sobre o destino trágico de Eleanor e a natureza maligna e inexplicável da casa.
A narrativa de Shirley Jackson é marcada por uma atmosfera de crescente terror psicológico, destacando a vulnerabilidade de Eleanor e a influência insidiosa da casa. A história questiona a natureza do sobrenatural e o impacto do isolamento e da solidão na mente humana.
Hill House permanece um mistério. A casa, com sua arquitetura desconcertante e história trágica, continua a ser um símbolo do terror inexplicável e do poder destrutivo do desconhecido. A obra de Jackson deixa os leitores com mais perguntas do que respostas, aprofundando o impacto perturbador da história.
A mensagem central do livro é a luta entre a realidade objetiva e a percepção subjetiva, explorando como a mente humana pode ser influenciada e destruída por forças invisíveis, sejam elas sobrenaturais ou psicológicas. “The Haunting of Hill House” é uma obra-prima do terror gótico, destacando a habilidade de Jackson em criar suspense e horror através de personagens complexos e uma ambientação meticulosamente construída.