“O Homem Bicentenário” por Isaac Asimov é uma das obras mais emblemáticas da ficção científica, explorando temas como identidade, humanidade e inteligência artificial. Originalmente publicado como um conto em 1976, posteriormente foi expandido para um romance em coautoria com Robert Silverberg, aprofundando ainda mais as reflexões filosóficas e emocionais sobre o que significa ser humano.
A história acompanha Andrew Martin, um robô da série NDR criado para servir a família Martin. Diferente dos outros androides, Andrew demonstra traços únicos de criatividade, curiosidade e independência. Ele desenvolve habilidades artísticas, como escultura e marcenaria, impressionando seus donos e levando a família a lutar por sua autonomia. Com o passar dos anos, Andrew começa a questionar sua existência e buscar reconhecimento legal como um indivíduo, desafiando as leis e normas da sociedade.
À medida que aprimora seu corpo e mente, Andrew substitui gradativamente suas partes mecânicas por órgãos biológicos, aproximando-se fisicamente da humanidade. Sua busca pela aceitação se torna uma jornada emocional e filosófica, enfrentando preconceitos e dilemas éticos que levantam questões sobre o que realmente define um ser humano. Ele batalha por sua identidade em tribunais e, ao longo de séculos, conquista direitos que o aproximam cada vez mais de seu objetivo final.
O livro de Isaac Asimov não apenas expande as Três Leis da Robótica — conceito fundamental da sua obra — como também propõe uma reflexão profunda sobre a evolução da inteligência artificial e seu impacto na sociedade. A história de Andrew Martin é emocionante, repleta de momentos de triunfo e melancolia, levando o leitor a questionar o verdadeiro significado da vida e da morte.
“O Homem Bicentenário” é uma obra que transcende o gênero da ficção científica, sendo uma narrativa comovente sobre liberdade, identidade e o desejo inato de ser reconhecido como mais do que uma máquina. Com seu final marcante e filosófico, o livro continua sendo uma referência no debate sobre tecnologia e humanidade, provando por que Asimov é um dos maiores nomes da literatura do século XX.