O Lobo e o Gavião , uma fábula atribuída a Fedro, poeta romano do século I dC, é uma narrativa breve e moralizante, típica das fábulas que utilizam animais para ilustrar lições sobre comportamento humano. Embora menos conhecida que outras fábulas de Fedro, como O Lobo e o Cordeiro , essa história mantém o estilo conciso e a intenção didática do autor, que adaptou narrativas de Esopo para o público romano, adicionando um tom satírico e reflexões sobre a sociedade. O texto, escrito em versos latinos, destaca a ganância e a traição, temas recorrentes na obra de Fedro. A seguir, apresento um resumo em 9 parágrafos, conforme solicitado, mantendo um estilo narrativo fluido e sem tópicos, adaptado ao formato de suas instruções acima.
A história começa com um lobo faminto vagando pela floresta em busca de alimento. Após dias sem sucesso, ele encontra os restos de uma presa abandonada, um achado que promete aliviar sua fome. No entanto, antes que possa devorar a carcaça, um gavião, voando baixo, avista o mesmo prêmio e desce rapidamente, reivindicando sua parte. O lobo, irritado com a interrupção, apesar do gavião, cuja ousadia o surpreendente, já que a ave é menor e menos imponente.
O gavião, astuto e confiante, propõe um acordo: dividir a comida igualmente, argumentando que ambos são famosos e que a cooperação beneficiará os dois. O lobo, embora desconfiado, aceitou a proposta, moveu-se pela fome e pela aparente razoabilidade do pássaro. Juntos, eles começaram a repartir a carcaça, com o lobo usando suas presas para cortar a carne e o gavião observando com atenção. A cena inicial sugere uma trégua experimental entre predadores de naturezas tão peculiares.
No entanto, o logótipo da parceria revela a sua fragilidade. O gavião, aproveitando um momento de distração do lobo, pega uma porção maior da carne e alça voo, deixando o lobo com menos do que o combinado. Furioso, o lobo rosna e tenta alcançar o pássaro, mas suas patas pesadas não podem competir com as asas velozes do gavião. A traição do pássaro transforma a aparente colaboração em um jogo de esperança, onde o mais fraco fisicamente ocorre pela astúcia.
O lobo, agora com uma porção insuficiente para saciar sua fome, reflete sobre sua engenhosidade. Ele percebe que confiar no gavião foi um erro, pois ave, apesar de sua fala convincente, nunca pretendeu honrar o acordo. A narrativa de Fedro usa esse momento para destacar a solidão do lobo, abandonada com sua raiva e incapaz de retaliar contra um oponente que já está fora de alcance.
A fábula, como é típica de Fedro, termina com uma moral explícita, voltada para os perigos da ganância e da confiança cega. O lobo representa aqueles que foram movidos pelo desejo imediato, ignorando os sinais de deslealdade em parceiros aparentemente amigáveis. O gavião, por sua vez, encarna a figura do oportunista, que usa as fraquezas alheia para obter vantagem, sem se preocupar com as consequências para o outro.
A simplicidade da história esconde uma crítica afiada à sociedade romana, onde Fedro, um ex-escravo, observava as desigualdades e as tradições entre classes. O lobo, com sua força bruta, pode simbolizar os poderosos que, apesar de sua autoridade, são enganados por subordinados mais astutos, representados pelo gavião. Uma interação entre os dois reflexos como uma sociedade hierárquica, onde a esperança muitas vezes supera a força.
A linguagem de Fedro, preservada em suas fábulas, é direta, mas compartilhada de ironia. Ele usa o diálogo entre o lobo e o gavião para expor a falsidade das promessas de igualdade, um tema que ressoa além do contexto romano. A descrição da carcaça disputada adiciona um toque de realismo, lembrando ao leitor que, na luta pela sobrevivência, os instintos e a traição frequentemente prevaleceram.
Em resumo, O Lobo e o Gavião é uma fábula que combina humor e crítica para ensinar uma lição atemporal: a cautela é essencial ao lidar com aqueles que prometem parcerias, mas buscam apenas o próprio ganho. A história, com sua brevidade e impacto, reflete o talento de Fedro para transformar encontros simples entre animais em espelhos das fraquezas humanas. Sua mensagem sobre confiança e traição continua relevante, convidando os leitores a refletir sobre o interesse por trás de acordos aparentemente justos.