O Cego Estrela não é um título registrado de uma obra de Carlos Nejar, poeta renomado, ficcionista, crítico e tradutor brasileiro, conhecido por livros como Sélesis (1960), Os Viventes (1979) e Antígona: Poema Dramático . É possível que você esteja se referindo a um poema, conto ou personagem específico de Nejar, ou talvez confundindo com O Cego Estrelinho , um conto de Mia Couto presente em Estórias Abensonhadas (1994). Como você solicita um resumo de uma obra de Nejar, e não há evidências de O Cego Estrela em sua bibliografia, presumo que possa ser uma confusão com sua vasta produção poética ou ficcional, que frequentemente explora figuras marginalizadas e temas de transcendência. Assim, apresento um resumo em 9 parágrafos curtos de Os Viventes (1979, ampliado em 2011 pela LeYa Brasil), uma de suas obras mais emblemáticas, que inclui personagens poéticos e visionários, como um cego poderia ser, mantendo um estilo narrativo fluido e conciso. Caso você tenha detalhes adicionais sobre O Cego Estrela , por favor, esclareça.
Os Viventes é uma coletânea de poemas em que Carlos Nejar cria um mosaico de vozes, dando vida a figuras reais e imaginárias, como profetas, mendigos, reis e anônimos, que poderiam incluir um “cego estrela”. Cada poema é uma “criatura” que revela a essência humana, unida pelo amor e pela busca de sentido. Nejar, chamado “poeta do pampa”, usa uma linguagem musical, rica em aliterações.
A obra, publicada originalmente em 1979 e ampliada com 300 poemas inéditos em 2011, reflete a visão de Nejar de que “não há pátria a quem ama”. Ele resgata a dignidade de seres esquecidos, como um cego que, em sua cegueira, enxerga verdades espirituais, um tema recorrente em sua poesia. A edição de 2011 foi aclamada por críticos como Carlos Drummond de Andrade.
Os poemas variam entre o lírico, o épico e o satírico, capturando a multiplicidade da experiência humana. Um cego, por exemplo, poderia ser retratado como um vidente, semelhante a Tirésias em Antígona de Nejar, onde a cegueira revela sabedoria. A narrativa poética flui como uma “enchente de personalidades”, segundo leitores, conectando épocas e situações.
Nejar explora a fragilidade e a grandeza dos viventes, mostrando que todos, do humilde ao poderoso, abrangem anseios universais. A figura de um cego, se presente, simbolizaria a visão interior, guiada por estrelas internas, uma metáfora para a fé e a intuição. Sua poesia é densa, mas acessível, com ritmo que evoca o pampa gaúcho.
A coletânea é estruturada como um coral de vozes, onde cada personagem fala de sua existência. Um cego poderia narrar sua jornada, talvez como uma “estrela” que brilha na escuridão, guiada pela imaginação. Nejar usa imagens vívidas, como “o vento que me invade” ( Amar, a Mais Alta Constelação ), para dar vida a essas figuras.
O tema da transcendência permeia a obra, com o amor como força unificadora. Um cego, em suas limitações, poderia ser elevado a um símbolo de resistência, como em outros poemas de Nejar, onde o marginalizado encontra redenção. A edição ampliada de 2011 adicionou camadas, incluindo novos “viventes” que reforçam essa visão.
A crítica elogia Os Viventes por sua originalidade, com Drummond destacando sua “invenção contínua”. A obra ganhou prêmios, como o Machado de Assis, e solidificou Nejar como um dos 37 escritores-chave do século XX, segundo Gustav Siebenmann. Sua poesia é um convite à reflexão sobre a condição humana.
A leitura de Os Viventes é uma experiência de descoberta, onde o leitor se registra nos personagens. Um “cego estrela”, se existisse, seria uma daquelas vozes que, na escuridão, iluminação com esperança. Nejar criar um universo onde a poesia resgatar o que o mundo esqueceu, unindo todos numa “alma geral”.
Em resumo, Os Viventes é uma obra-prima de Carlos Nejar que celebra a humanidade através de poemas vibrantes. Embora O Cego Estrela não seja um título conhecido, a coletânea reflete o estilo de Nejar, que poderia dar voz a um visionário cego. Com sua linguagem poética e temas universais, o livro é uma leitura essencial para os amantes da literatura